sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O sentimento da escrita

Sabem a diferença entre Poema e Poesia?

Poema é a parte escrita, onde o poeta poe todo seu sentimento e adoração, toda sua força e percepção para escrever para alguém, de alguém, ou de algo que possa achar interessante para seus trabalhos.

A Poesia é o sentimento em si!
É aquilo que você sente quando lê, escuta, ou escreve um poema.

A primeira vez que um poema me tocou, a ponto de eu perceber a poesia por trás dele, a ponto de eu querer estudar e começar a escrever poemas, foi no colégio (na época, oitava série, 2002). Nossa professora nos mostrava o Soneto da Fidelidade, de Vinicius de Moraes. Passou a ser quase um mantra na minha vida: "Que não seja imortal, posto que é chama / Mas que seja infinito enquanto dure."

E desde então escrevo, desenho poemas, sinto toda sua poesia por trás das palavras escritas por outros poetas.
Não me considero uma grande poeta, mas tenho que admitir que muitos dos meu poemas são de tirar o fôlego e fazer pensar.

Outros são simplesmente válvulas de escape que o meu coração ferido, ou um cérebro apaixonado, colocaram pra fora em palavras o que estavam sentindo no momento.

Acho que a grande verdade é que todos podem usar as palavras para descrever seus sentimentos. Não somente tristezas ou decepções amorosas. A vida não é só isso.
Há a alegria do sorrir, o som magnífico do riso de uma criança, o brilho no olhar de quem se recuperou de uma doença grave, ou simplesmente descobriu que ela nunca existiu, e era apenas estresse... (já passei por isso).

As palavras têm o poder de tocar profundamente, emocionar ou ferir, dependendo de como ela é proferida. Cuidado como você fala. Cuidado com o que você escreve. Idéias também surgem das palavras de outras pessoas. Afinal foi assim comigo. Surgiu a idéia de escrever. Seja verso ou prosa, com rimas ricas ou pobres. A questão é que escrever me ajuda a pensar e a refletir, me ajuda a colocar as idéias em ordem e me ajuda a entender, muitas vezes, o que sinto.

Fica a dica. Escrevam! Mas leiam também. Não adianta nada escrever sem conteúdo.

E como escreveu Vinicius de Moraes:

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


Um brinde à escrita!

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